NATAL NA FAVELA - teatro - Entre Amigas

Amigas partilham segredos, é o que nos mantém unidas

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NATAL NA FAVELA - teatro

NATAL NA FAVELA Cenário: Um barraco de favela.

Uma adaptação do texto bíblico. Nesta versão Jesus nasce numa a favela.

Os pais voltarão para Belém do Pará...

Aparece um recenseador e bate na frente do barraco:
RECENCEADOR: Ô de casa, é o Censo.
Sai o dono do barraco:
SEU RAIMUNDO: Pode falar. O que o senhor quer?
RECENCEADOR: Eu sou do Censo e estou fazendo uma pesquisa. O senhor pode responder algumas perguntas?
SEU RAIMUNDO: Se não for demorar muito, pode.
RECENCEADOR: Bom, quantas pessoas moram com o senhor?
SEU RAIMUNDO: Moro sozinho.
RECENCEADOR: O senhor trabalha?
SEU RAIMUNDO: Ás vezes. Quando aparece um bico. Emprego mesmo pra valer, faz muito tempo que não tenho.
RECENCEADOR: E o que o senhor fazia quando trabalhava?
SEU RAIMUNDO: Era pedreiro.
RECENCEADOR: É solteiro ou separado?
SEU RAIMUNDO: Ei meu, que papo é esse? Sou é macho!
RECENCEADOR: Não é nada disso senhor. É apenas o questionário.
SEU RAIMUNDO: No momento estou solteiro.
RECENCEADOR: E qual a renda do senhor?
SEU RAIMUNDO: (irritado) Olha aqui, eu já te falei que sou macho! Ta pensando que uso renda é?
RECENCEADOR: Não, pelo amor de Deus, não é isso. É sua renda mensal, quanto o senhor ganha por mês.
SEU RAIMUNDO: Acho bom. Mais ou menos uns R$ 200.00. Quando consigo alugar um quarto extra que tenho aqui atrás do barraco, aumenta um pouco.
RECENCEADOR: E no momento, este quarto está alugado?
SEU RAIMUNDO: Não, ou melhor, tem gente, mas acho que não vão ter como pagar. São uns coitados que chegaram ontem à noite e pediram para ficar aqui. A mulher tá grávida, logo a criança nasce.
RECENCEADOR: O senhor pode chamar alguém deles para mim, por favor?
SEU RAIMUNDO: Espera um pouco.
O homem sai de cena e na sequencia aparece o inquilino:
SEU JOSÉ: Pois não, o senhor chamou?
RECENCEADOR: Sim. Eu estou fazendo o Censo anual e preciso que o senhor responda algumas perguntas. Qual o seu nome?
SEU JOSÉ: Me chamo José Davi.
RECENCEADOR: E o senhor é casado, seu José?
SEU JOSÉ: Sou sim. A minha mulher se chama Maria de Nazaré.
RECENCEADOR: Vocês tem filhos?
SEU JOSÉ: Ainda não. Mas acho que esta noite a criança nasce.
RECENCEADOR: E como vai se chamar?
SEU JOSÉ: Bom, minha mulher, a Maria, teve uns sonhos meio esquisitos, disse que conversou com um anjo e tem certeza que vai nascer um menino homem e vai se chamar Jesus.
RECENCEADOR: Que bonito nome. E vocês vão morar aqui?
SEU JOSÉ: Não senhor. Paramos aqui, porque não encontramos a casa de uns parentes da Maria e o seu Raimundo foi muito bom e nos acolheu. Mas depois que a criança nascer, vamos voltar para nossa terra, Belém no Pará.
RECENCEADOR: Bom, é só isso. Muito obrigado e um bom final de semana.
SEU JOSÉ: Obrigado, mas final de semana ou dia de semana sem emprego e com fome, é um pouco triste. Mas mesmo assim, muito obrigado e igualmente.
RECENCEADOR: Obrigado e até logo.

José e o recenseador saem de cena. Música de fundo e um choro de criança. Jesus nasceu.
Aparecem Maria com Jesus no colo e José ao lado.
Alguns vizinhos vem visitá-lo.
Maria, José e Jesus saem de cena.
Aparece uma senhora elegante, que pergunta a um vizinho:
SENHORA-1: Por favor, a senhora sabe onde por acaso tem alguma criança recém-nascida por aqui?
VIZINHO: Sei sim. Ontem à noite, nasceu um menino aqui neste barraco. Ele se chama Jesus.
SENHORA-1: É que eu trouxe algumas roupas para doar e gostaria de entregá-las. Muito obrigado pela informação.
A senhora bate palmas e sai José:
SEU JOSÉ: Pois não?
SENHORA-1: – Com licença. Me chamo Maria Antônia e resolvi trazer umas roupas de bebê e me indicaram este lugar. Se o senhor não se ofender, gostaria que aceitasse.
SEU JOSÉ: Mas é claro que sim. Pobre orgulhoso, não dá muito certo não. Como a senhora ficou sabendo que aqui tinha criança?
SENHORA-1: Para falar a verdade, vim por instinto. Senti algo de diferente, que me atraia até aqui.
Nisto chegam mais duas senhoras:
SENHORA-2: Com licença. Eu e minha amiga gostaríamos de saber se há algum recém nascido por aqui?
SEU JOSÉ: Tem sim e é meu filho, o Jesus!!! (José responde
todo orgulhoso)
SENHORA-2: Bom, nós temos alguns mantimentos para doar e não sei se o senhor aceita?
SEU JOSÉ: Claro que aceito. Afinal não é sempre que tem gente disposta a ajudar. Mas como vocês nos acharam?
SENHORA-3: Bom, pode parecer um pouco esquisito, mas foi uma espécie de impulso, não sei.
SENHORA-2: É, foi como se uma força nos puxasse até aqui.
SEU JOSÉ: Ô louco! Vocês tem umas conversas estranhas.
SENHORA-3: O senhor trabalha?
SEU JOSÉ: No momento estou desempregado. Tô com fé que logo arranjo um emprego.
SENHORA-3: Pelo que estou vendo, sua criança Já tem roupas e alimentos por um bom tempo. O senhor aceitaria uma pequena quantia de dinheiro para alguma emergência que possa aparecer? Por favor aceite.
SEU JOSÉ: O que é isso senhora. Não precisa se incomodar.
SENHORA-3: Não, não, eu faço questão.
SEU JOSÉ: Já que a senhora insiste. Muito obrigado.
SENHORA-1: Bom, será que poderíamos ver a criança?
SEU JOSÉ: Claro, só um minuto.
As três senhoras esperam e logo aparecem José com Jesus e Maria atrás. As três senhoras se ajoelham e alguns vizinhos próximos também. Maria fala:
MARIA: Eis o Salvador. É Jesus menino que vem nos salvar. Pequeno, pobre e humilde, assim Ele nasceu. E nós, como estamos acolhendo este menino, que nasce e mora nas favelas, nas ruas, nos becos escuros? Será que Ele não está mais perto de nós do que pensamos?

(Canto Final)

Fonte WEB, site Catequisar

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